Acessórios de Moda

A definição de “Acessórios de Moda” é: qualquer peça decorativa que complementa o vestuário/roupa de uma pessoa.

Podem ser bijuterias, joias, luvas, bolsas, chapéus, cintos, cachecóis...

São peças que complementam com um detalhe, agregam cor, estilo e classe ao traje básico e ainda podem ser usadas como símbolos visuais externos de afiliação cultural ou religiosa.

Antes de contar a história das joias, é bom ressaltar que esses acessórios estão presentes na vida dos humanos desde os tempos mais remotos. Para produzir manualmente os acessórios, os humanos usavam os recursos que eles dispunham no momento, como pedras, madeira, pérolas, conchas ou dentes de animais. A partir disso, adornos corporais eram feitos com diferentes propósitos.

Desde os tempos mais remotos, as joias são utilizadas para representar status, proteger e empoderar. Os acessórios possuem um papel muito importante na história da humanidade e por meio deles, as comunidades representavam suas crenças, protegiam-se, confirmavam o papel social de cada pessoa e, é claro, destacavam a beleza, moda e tradição de cada povo.

Os primeiros acessórios registrados na história surgiram durante o período pré-histórico. Fabricados a partir de dentes de animais, sementes, ossos e pedras, as joias daquele tempo eram utilizadas como representações do misticismo de cada comunidade, como, por exemplo, amuletos de proteção.

Vamos conhecer um pouco mais sobre a história fascinante dos acessórios?

Indígenas situados na região da Colômbia
Há mais de 4 mil anos antes de Cristo, tribos indígenas localizadas na região da Colômbia atual, foram umas das pioneiras no manuseio do ouro. Além de esculturas lindas, os índios criavam adornos corporais exuberantes, principalmente para os caciques.

Eles acreditavam que o ouro era um material místico e devido à sua semelhança com o sol, acreditava-se que através do ouro era possível se comunicar com o Deus do Sol. Hoje em dia, em Bogotá há o Museu do Ouro, que preserva essas peças remanescentes, descobertas após os invasores chegarem ao país.

Legenda: Museu do Ouro em Bogotá
Créditos: LIVIA & GABRIEL LORENZI/DICAS DA COLOMBIA

Egito antigo
Com materiais nobres, como ouro, cobre e pedras preciosas, os egípcios eram especialistas e famosos por criarem joias estonteantes, sendo o primeiro povo, que se sabe até então, a utilizar vidro colorido em seus adornos.

Seus acessórios eram símbolos de poder, status social e da religião, possuindo regras rígidas para sua criação.

Isso porque os egípcios acreditavam que as joias tinham o poder de protegê-los do mal, garantir boa saúde e oferecer sorte, além de, dependendo do modelo e materiais utilizados, eram associadas a poderes sobrenaturais e divindades.

Os egípcios foram grandes influenciadores dos acessórios na história de muitos outros povos.

Legenda: Joias em mercado de rua
Créditos: Alexandru-Adrian Atanasiu / EyeEm/GettyImages

Grécia, Roma e Celtas
Essas três grandes culturas foram fortemente influenciadas pelos egípcios no que se diz respeito à produção de joias.

Os gregos utilizavam bastante o ouro e costumavam usar formas geométricas como base para representar cenas mitológicas em seus brincos, braceletes e colares.

Os acessórios na história romana, inicialmente, derivaram bastante da cultura grega, porém, utilizando materiais menos nobres, já que o ouro era utilizado para financiar guerras.

Já os celtas utilizavam suas joias também como armas e dispunham de diferentes técnicas para a produção de seus acessórios, como fundição de matérias-primas, entalhe, esmalte e granulação.

Legenda: Bracelete De Ouro com Cornalina
Créditos: Courtesy of the Metropolitan Museum of Art / Domínio Público

Tribos Africanas
A África também tem uma relação forte com os acessórios, cores vibrantes e peças volumosas.

As joias africanas eram (e são) símbolo de poder, misticismo, proteção e até já foram utilizadas como dinheiro em algumas culturas.

Entre os mais famosos acessórios, está o colar de miçangas de Mali. Feito manualmente, sua produção artesanal garante exclusividade a cada peça, sendo uma joia tradicional dada às noivas no dia do casamento.

Legenda: Colar de contas africano
Créditos: lifehouseimage / IStockPhoto

Idade Média
Coroas, crucifixos e relicários eram símbolos de divisão de classes, simbolismo social e religião.

Eles também podiam ser funcionais, como os anéis gravados com monogramas, utilizados para autenticar documentos utilizados pela burguesia.

Legenda: Coroa-relicário dita de São Luís ou Coroa de Liège
Créditos: Museu do Louvre, Paris, França / Domínio Público

Período do Renascimento
Até esse período quem tinha maior poder de influência na joalheria era a Igreja. No Renascimento tudo mudou: quem começa a ditar as regras foi a burguesia, gerando um período de efervescência para as joias, no qual os ourives passaram a ser vistos como artistas e as peças desenvolvidas possuíam uma estética mais refinada. Assim, as joias passaram a fazer parte do estilo das pessoas.

Além disso, outro fator que colaborou para o desenvolvimento da ourivesaria, foi a exploração dos metais preciosos nos países colonizados.

Legenda: Ourivesaria
Créditos: Jornal Renovação

Colar torque

Legenda: Colar Torque antigo
Créditos: British Museum

O colar torque é esse que se assemelha a um anel aberto e costumava ser feito de metais preciosos.

Era um tipo de colar feito de metal retorcido e decorado com pedras preciosas. Muitos povos — citas, sármatas, romanos, eslavos, escandinavos e trácios — usavam acessórios semelhantes.

Frequentemente, esse tipo de colar era dado como condecoração e como símbolo de status social. Era usado tanto por homens quanto por mulheres e em função de sua estrutura rígida, não era fácil tirá-lo.

Torques cortados em pedaços, encontrados por arqueólogos, provam que às vezes esses colares eram utilizados como dinheiro.

Tornozeleira
Antigamente, as tornozeleiras eram unidas por uma corrente de uma perna para a outra! As tornozeleiras eram usadas tanto por egípcios, quanto por sumérios, mas ganharam popularidade especialmente entre os habitantes da Índia. No sudeste da Ásia antiga, as tornozeleiras eram usadas em ambas as pernas e unidas por uma corrente. Desse jeito, as meninas aprendiam a dar passos curtos, o que era considerado um sinal de feminilidade.

Origem dos brincos
Registros mostram que a primeira função dos brincos era espantar espíritos malignos. O brinco mais antigo encontrado e documentado foi usado por um homem, um rei sumério que governava a cidade-estado de Ur (no atual Iraque). Na Idade Antiga, uma orelha furada era símbolo de escravidão, e os brincos eram usados tanto por mulheres, quanto por homens.

Legenda: Brinco Antigo
Créditos: Pinterest

Depois, os brincos passaram a ser considerados um acessório feminino, mas os marinheiros também os usavam como uma espécie de distintivo, um símbolo de que eles conseguiram navegar ao redor do mundo ou cruzar a Linha do Equador.

Mas e os piratas?
Quanto aos piratas, não se sabe ao certo qual era a aparência deles.

Supostamente, os brincos e as bandanas foram um fruto da imaginação de Howard Pyle, um artista do século XIX ao desenhar piratas para um livro infantil.

Ele se inspirou em bandidos e camponeses espanhóis e desde então, os piratas são vistos usando brincos, bandanas e cintos de tecido largos.

Pérolas
Para quem não sabe, as pérolas são feitas por algumas espécies de ostras que vivem tanto em água salgada, como em água doce.

O processo acontece por um instinto de proteção da ostra, que ao ser invadida por um grão de areia, o envolve e acaba criando a pérola.

Esse processo é longo, dura, em média, três anos!

Você imaginava que precisasse de tanto tempo para as pérolas que você gosta serem fabricadas?

E a pérola barroca?
Uma tendência nova e mundial são as pérolas barrocas. Sabe diferenciar?

Pérolas barrocas são todas as pérolas sem forma geométrica definida. Durante seu cultivo, elas não saíram conforme o esperado, não atingindo 100% de esfericidade. É a chamada “imperfeição perfeita”.

São muito estilosas e especiais, né?

Legenda: Pérolas
Créditos: Blog da Kitbox

Agora você já sabe um pouco mais sobre o universo incrível das joias e acessórios, com uma história muito profunda e que acompanha as civilizações há milhares de anos. Para saber mais sobre os acessórios, clique aqui.